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Preferred term

Órgão (Instrumentos musicais)  

Broader concept

Scope note

  • Instrumento musical que funciona a teclas e ar comprimido, composto por três partes distintas, mas interligadas, os foles, a tubagem e os registos, cujo som é comandado a partir de uma consola, onde surge a bancada do organista e onde se implantam os botões dos registos, as pedaleiras e de um a cinco teclados cromáticos, correspondentes aos possíveis cinco grandes agrupamentos de sonoridades, o grande órgão, o positivo, o recitativo, a bombarda e o eco. A estrutura funciona a partir da entrada do ar, fornecido pelos foles, em pequenos reservatórios, de onde partem tubos para o cerne do órgão, o someiro, que recebe o ar sob pressão, havendo uma espécie de válvulas que não permitem o seu retrocesso; o someiro possui pequenos orifícios, onde correm réguas, que acionadas pelas teclas, se movem, permitindo a entrada do ar nos tubos, no caso das flautas de maiores dimensões, que não assentam diretamente no someiro, permitindo a emissão dos sons. Cada órgão possui vários registos, com sonoridades distintas, conseguindo-se, entre eles, inúmeras combinações, acionadas por pedais existentes junto às pedaleiras, provocando as misturas; além destas, é possível adicionar efeitos de crescendo, obtidos pelas janelas venezianas, que abrem lentamente, fazendo soar os tubos das bombardas, encerrados numa caixa. Podem surgir, ainda, efeitos mecânicos, que emitem alguns sons específicos, como o canto das aves, ou fazem mover figuras que tocam instrumentos. Os órgãos têm origem numa forma primitiva de instrumento de sopro, a siringe ou flauta de Pã, adicionada a uma caixa de ressonância, com referências muito antigas, nomeadamente no Antigo Testamento. O primeiro exemplar organístico teria surgido cerca de 250 a.C., sendo a sua autoria atribuída ao matemático Ctesíbio de Alexandria, que consistia num órgão hidráulico, conhecido através de terracotas e dos tratados de Hero Alexandrino (120 a.C.) e de Vitrúvio. Foi largamente utilizado no mundo romano e bizantino, em festas particulares, em circos e lutas de gladiadores, bem como em batalhas, com o intuito de desmoralizar o inimigo; após as invasões bárbaras, a sua construção decai, até os árabes se interessarem pelos escritos clássicos e experimentarem a sua construção, nos séculos VIII e IX. Nesta data, desenvolve-se o órgão pneumático, cuja entrada de ar é controlada pela ação de foles, divulgado pela Europa e o mundo árabe. Carlos Magno foi o primeiro a possuir um instrumento deste tipo na sua capela particular, doado pelo imperador Bizantino; o Papa João VIII (872-882) solicitou um órgão semelhante a Annon, bispo de Freysinger, tendo introduzido o instrumento na Igreja católica romana, da qual não mais se desassociou, estando mesmo na origem do desenvolvimento das técnicas construtivas do instrumento. Os órgãos assumiam características próprias consoante os países onde eram construídos, reconhecendo-se particularidades nos órgãos alemães, franceses, ingleses, italianos e ibéricos

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URI

http://vocabs.rossio.fcsh.unl.pt/tesauro-sipa/c_278653fe

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